É dever do arquiteto pensar em vários dos aspectos que envolvem a concepção seja de um edifício, ou de um único ambiente, haja vista que qualquer detalhe, por menor que seja, influencia na percepção e aproveitamento dos espaços construídos por parte dos usuários. É pensando nisso que trago esse artigo, para falar de um tema, que talvez não tenhamos conhecimento, mas é assunto fundamental quando se trata de projeto: a iluminação natural.
Para aproveitar os ambientes de forma satisfatória, deve-se, entre outros processos, analisar o terreno onde o projeto irá se inserir e as condicionantes externas, para observar a incidência solar e definir as melhores posições para se alocar as aberturas. Fazendo isso, podemos imaginar onde ficará posicionado cada ambiente, de forma a fazer o melhor aproveitamento da iluminação natural nos espaços onde se faz maior necessidade da mesma.
O uso satisfatório da luz natural traz consigo inúmeros fatores positivos, como a redução substancial do consumo de energia elétrica, a inibição do stress visual em ambientes onde existe muita luz artificial de brilho intenso, a melhoria na qualidade de vida, a promoção dos estímulos visuais e mentais necessários para a realização de tarefas cotidianas, entre outros benefícios. Em dormitórios, por exemplo, recomenda-se voltar as aberturas de forma a aproveitar os raios solares mais amenos da manhã, e, ao mesmo tempo, evitar o superaquecimento no período da tarde.
Podemos utilizar uma série de estratégias na execução dos projetos, no sentido de valorizar, ou amenizar, onde for necessário, a iluminação natural. Exemplos disso são os dimensionamentos de brises, elementos de redução de incidência solar, como persianas e marquises, projetar aberturas zenitais, isto é, aberturas superiores, onde não for possível receber a iluminação ideal por meio de janelas convencionais, podemos ainda reformar uma residência de maneira a dispor corretamente os ambientes que talvez não estejam recebendo iluminação natural adequada. As possibilidades são infinitas.
Devemos promover um bom conforto térmico nos ambientes construídos, sobretudo no contexto do Brasil, onde existe a incidência de altas temperaturas em determinadas regiões. Fazendo isso, entramos em consonância com o melhor que os fatores de luminescência solar têm a oferecer, contribuindo para a sustentabilidade e promovendo ambientes agradáveis e bem higienizados para os nossos clientes, pois o Sol contribui com a salubridade dos espaços através da ação desinfetante pelos raios UV. Um bom projeto que valoriza a iluminação natural pode ainda reduzir o consumo de energia através de se evitar o uso de aquecedores e de ar condicionado, fazendo bem para a saúde e contribuindo também para a economia dos usuários.
Foto: Croqui digital. Autor: Equipe Natália Corradi
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